Brinquedos Sexuais – sim ou não?

Um assunto tão importante como o prazer sexual, costuma ser falado de forma série e aborrecida. Na verdade, falar sobre usar ou não brinquedos sexuais é como debater o uso de cortinados em janelas com estores. (nunca mais vais olhar para as tuas janelas da mesma forma, pois não?) Agora a sério: o problema surge na base: “brinquedos sexuais”. Na verdade, deveriam ser chamados de 

Ferramentas acessórias para aumento de prazer 

Se analisarmos palavra a palavra, rapidamente vamos ver como a pergunta é respondida por si só. Vamos ver? 

  • Ferramentas: instrumentos utilizados para facilitar a concretização de um objetivo 
  • Acessórias: ok, não são indispensáveis porque já nascemos com um conjunto significativo de ferramentas de prazer. Os “brinquedos” são extras que podemos usar ou não, para facilitar o resultado. 
  • Aumento: lá está, não se trata de simplesmente alcançar prazer, trata-se de chegar mais alto no nível de prazer. 
  • Prazer: o objetivo final de qualquer actividade sexual. E eis que a questão começa aqui! 

Lá está, tal como as cortinas em janelas com estores, não são essenciais, mas sempre ajudam a dar mais graça à sala. Estas ferramentas não são essenciais e até podem nem te fazer sentido nenhum, mas ajudam a trazer mais prazer ao sexo. 


Qual é o objetivo do sexo? 

(Já falamos anteriormente sobre os diferentes tipos de sexo, podes rever aqui o assunto). O sexo enquanto sexo deverá ter como objetivo o prazer. Não o “cumprir calendário” ou “satisfazer uma necessidade”. O sexo pretende ser um capricho saboroso e divertido, uma actividade que fazemos porque apetece e porque nos traz algo bom (prazer, lá está). Não tem a ver com romance ou coisas fofinhas. É prazer. 

A questão surge exactamente por este ponto: ainda nos é difícil assumir o prazer como objetivo. O sexo torna-se uma coisa suja e perniciosa sem culpa nenhuma. Na verdade, a nossa cabeça é que está a ser hipócrita. Não acreditas? Vou mostrar-te! 

Lembras-te da última vez que foste a um restaurante? Escolheste o teu prato favorito porque te sabe melhor. De toda a oferta possível, escolheste o que te dava mais prazer. Quando cozinhas, escolhes os ingredientes que te dão mais prazer. Quando escolhes um filme, escolhes o que te dá mais prazer e quando escolhes um gel de banho, escolhes o que te dá mais prazer. 

Somos humanos, é normal que procuremos prazer. Não tem de ser uma coisa suja ou perniciosa. (A menos que seja suposto escolhermos a sobremesa que menos gostemos, só para não nos divertirmos mesmo nada!) Assim sendo, a questão deixa de ser “usar brinquedos sexuais?” e passa a ser

Queres mais prazer mais fácil? 

Se bates as claras em castelo usando uma batedeira, é porque reconheces o benefício do uso de ferramentas para facilitar o trabalho, certo? Se já não vais a pé ao rio lavar a roupa… reconheces a vantagem de facilitar o resultado. Queremos prazer. Ponto. E queremos o máximo possível. Por que motivo havemos de limitar algo que é natural, simples e saudável? 

Claro que há outra questão importante: os níveis! 

E esta, sim, é a questão que deveria ser mais falada. Repara que há ferramentas altamente avançadas. Coisinhas do arco da velha (o que quer que isso signifique) e capazes de nos porem os olhos em bico, sem percebermos concretamente para que servem e como se usam. E as caras perniciosas da malta nas publicidades também têm o poder de nos fazer umas devassas terríveis. 

Lá está, não tem de ser assim. Temos a tendência de ver a vida como “sim ou não”, “tudo ou nada”. Mas podemos fazer de outra maneira: até onde me sinto confortável a ir? Se pensarmos desta maneira, vamos mais facilmente ver a vantagem de uma ou outra ferramenta. Podemos começar nas coisas simples, como uma lingerie mais arrojada ou um lubrificante. E podemos ficar pelas coisas simples, se for isso que nos apetece. Podemos o que quisermos e essa é a grande maravilha deste universo. 

Podes começar por ver um catálogo, perceber o que existe, para que serve… aos poucos, vais perceber o que te faz mais sentido e esse será o teu nível 1. Se um dia mais tarde te fizer sentido, podes analisar um nível 2. Ou não. 

Pergunta para queijinho: quanto queres? 

Quanto prazer queres? Quanto queres viver com mais prazer no sexo? Quanto tempo queres para digerir a questão? 

Esta é uma dança que podes fazer sozinha ou acompanhada. O que importa mesmo é que seja o ritmo que te faz sentido, as regras que te fazem sentido e com o objetivo que te faz sentido. Mas sentido mesmo. Nada de castração mental por anos e anos de julgamento social. Está na altura de reclamarmos liberdade total e absoluta sobre as nossas ferramentas pessoais de prazer e decidirmos como as investirmos. 

Estes são os melhores anos da nossa vida. Convém que os vivamos em pleno. Não quero alarmar-te mas estamos a ficar mais velhas a cada dia que passa e as artroses já estão à espreita. Se tudo continuar a evoluir como estás agora a semear, que prazer vais ter daqui a 15 anos? 

Sugestão Cutxi Cutxi

Catarina Louçada
Catarina Louçada
Catarina Louçada, a “prática” que se dedica a criar formas simples de construir felicidade. Através de ferramentas de Life Design, esta mãe de 3 filhos e grávida do 4º, concilia uma família com asperger, com 3 negócios e, mais de uma centena de Clientes activos. Especialista em mães ocupadas que querem transformar as suas vidas e não podem simplesmente fazer uma mudança radical. Acredita que a vida deve ser vivida com sucesso e realização pessoal na sua globalidade e que o Life Design deveria ser facultado de forma acessível a todos os interessados. Escuteira incurável, viciada em crepes com chocolate e tiramisu, tem pouca roupa e muitos cursos, usa calções no inverno e prefere pastilhas elásticas de melancia.

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