A tarefa mais exigente da existência humana é compreender a própria mente. Tudo o que acontece à nossa volta acontece de forma paralela na nossa mente, nomeadamente a nossa imaginação própria.
O nosso ego procura viver numa zona de conforto, não deseja lidar com dores, stress, ansiedade ou depressão. O “eu” que tanto ouve a voz interna, sedenta de autossatisfação, como escuta a autocensura e autocrítica, de forma a equilibrar as duas partes.
O ego tenta mediar um conflito dentro da mente de cada pessoa, quando existem necessidades para satisfazer desejos impulsivos e exagerados, e tem ao mesmo tempo que medir os custos e benefícios dessas ações. O ego só consegue permitir um determinado comportamento, no momento e local apropriado, evitando situações constrangedoras e inadequadas.
Claro que existem também mecanismos de defesa do próprio ego. Estes consistem em evitar aceder ao inconsciente, de forma a minimizar a dor da tomada de consciência de diversos problemas e sintomas que estarão por identificar e solucionar. O princípio da realidade em que vivemos, e que é adquirida através do meio sociocultural, é onde o ego tenta habitar para satisfazer os desejos de forma realista e adequada.
Sabes quais são as funções do ego? É responsável por:
• Manter o estado racional, lógico e científico;
• Interpretar e agir no nosso exterior;
• Manter o foco, a nossa consciência e concentração;
• É a nossa identidade, o “quem sou eu?”
O ego influencia e, ao mesmo tempo vive, encastrado na nossa personalidade.
Então como se consegue equilibrar o ego?
Os desafios de um ego em desequilíbrio são controlar um ego demasiado elevado (egocêntrico e narcísico), ou evitar um ego fragilizado, com baixa autoestima e depressivo. É necessário retirar o peso da censura e autocrítica (ou demasiada rigidez nas ações) ou seja: viver com excesso de moralidade por tudo o que desejamos realizar. Ou viver com extrema irreverência nas nossas ações e comportamentos, perante situações ou mesmo outras pessoas.
O equilíbrio consegue-se na gestão emocional do próprio ego. Na gestão da empatia própria e externa, da autoestima, automotivação, autossuperação, e da realização e do prazer pessoal.
As seguintes questões podem ajudar a orientar o processo de autodescoberta:
– O que me satisfaz?
– Quais são os meus maiores desejos, e como pretendo alcançá-los?
– Lidero a minha própria vida?
– Costumo agir por impulso? Controlo os meus ímpetos?
– O meu ego comanda as minhas ações?
– Sinto-me confortável na minha mente? Convivo bem com as minhas emoções e pensamentos?
– Tenho sempre em vista as boas intenções, as minhas e as dos outros?
Em jeito de conclusão: um ego com gestão consciente é mais facilmente otimizado para o sucesso. É também mais otimizado para a realização de objetivos, e o desenvolvimento de um maior amor-próprio.