Texto de Mariana Matos
Ansiedade… não mata mas mói!
Bem, na verdade não posso dizer que não mata pois, quando não devidamente detetada ou tratada pode trazer realmente consequências graves.
Falo deste tema na primeira pessoa. De certa forma, sempre fui uma pessoa ansiosa mas não me tinha apercebido do impacto que tinna em mim (e nos que me rodeiam). E, por isso, também nunca tinha feito nada para o ultrapassar.
Então qual foi o ponto de viragem? Uma ida às urgências (encaminhada pela linha de Saúde 24) com sintomas que achei, por momentos, que estaria a ter um enfarte! Tudo não passou de um valente susto e eu serviu para perceber o que se passava e a partir daí podia agir para alterar a situação.
O que se sente (ou que senti) numa crise de ansiedade?
[esta partilha é uma experiência pessoal. Consulta um médico em caso de dúvida.]
- Um aperto constante no peito;
- Formigueiro na cara e braço (segundo a médica é um evidente sinal de ansiedade);
- Sensação de batimentos cardíacos acelerados;
- Tremores nas mãos;
Passado o “susto” foi altura de repensar hábitos e o que poderia fazer para controlar e minimizar os efeitos da ansiedade.
Algumas alterações/introduções de hábitos que fiz passaram por:
Não antecipar demasiado acontecimentos e ficar a “matutar” sobre eles;
Usar óleos essenciais que passaram a ser um aliado diário e que me fizeram sentir uma enorme diferença no dia a dia;
Criar momentos para relaxar e fazer coisas que gosto;
Meditar [na verdade, ainda muito posso fazer nesta área. Nesta fase, ficar sossegadinha deixando os pensamentos fluir sem me centrar em nenhum deles e mantendo a concentração na respiração é uma estratégia que funciona.]
Sorrir sempre que dava conta que tinha a “cara fechada” e olhar pesado.
Muitas vezes, este é um tema ignorado e desvalorizado e, à medida que o tempo vai avançando tudo parece piorar. Quem sofre de ansiedade sente-se incompreendida muitas vezes porque quem vê de fora pode achar que é exagero, que só fica assim quem quer… não é verdade! Mas pode ser tratado, ou pelo menos minimizados os seus efeitos.
Se posso deixar um conselho diria… não te isoles, não estás sozinha. Procura ajuda, encontra as estratégias que melhor funcionam para ti (podem não ser as mesmas que criei para mim) e sorri para ti própria e para a vida.
Estou disponível para ajudar se achares que te posso ser útil.
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