Eu penso, logo faço.
Este é um trocadilho inspirado em Descartes: Cogito ergo sum: “Eu penso logo existo”.
Possuir uma ideia é sempre a base da inspiração para que possamos elaborar e atingir os nossos objetivos. Mas como é que podemos gerir uma intenção criada, apenas, por pensamentos, quando não temos noção do que fazer a seguir?
Para certas alturas mais complicadas, é necessário criar um plano (ou uma checklist) inicial onde podemos ir validando tarefas concluídas, os recursos necessários, os recursos reunidos, até chegarmos à concretização do grande plano.
Um planeamento consiste em estudar antecipadamente o que se vai fazer a seguir, ou seja: passa do sonho ao objetivo e depois à ação concreta. Definir um objetivo pressupõe a reunião de meios e recursos necessários para chegar ao final do que se pretende.
Dentro deste conceito, podemos designar o plano de ação como uma metodologia para identificar, organizar e controlar as ações para concretizar o objetivo. O plano de ação é usado como ferramenta de trabalho na área da Gestão, Coaching, Mentoring e em Organizações. Neste caso podemos adaptar à vida quotidiana: plano de tarefas ou plano de trabalho.
Assim, um plano de ação deve incluir:
1. Um cronograma onde constem datas para as tarefas, metas e objetivos, sejam gerais, intermediários ou afins;
2. Discriminar qual o objetivo principal e as suas metas até o alcançar;
3. Definir o que é necessário obter para cada meta, através de uma “checklist”: quais os recursos necessários: dinheiro, ajuda ou apoio de amigos, familiares, etc.;
4. Identificar quais os recursos existentes: dinheiro, tempo, etc.;
5. Designar o tempo e prazo necessário para cada tarefa: o tempo determina como se vai orientar e o prazo define o deadline para o mesmo;
6. Designar as metas urgentes, e separá-las das importantes: existirão metas que podem, por ordem de relevância, serem realizadas no fim ou no início.
Podemos acrescentar outros auxílios, como a necessidade de ter apoio externo, ou um responsável para ajudar na gestão deste plano. Devem ser feitas observações caso existam alterações no meio do processo da concretização do mesmo.
Se o plano de ação for levado mesmo a sério, não estamos a construir um método exigente para tarefas menos nobres, ou que apenas necessitem de disciplina.
Esta é outra abordagem que faço: é muito importante perceber qual o grau de motivação para o objetivo ser realizado. isto porque quando temos tempo, mas falta motivação, culpamos a indisciplina. Quando temos motivação e falta de tempo, culpamos a má gestão, e por aí fora.
Quando há empenho e um bom plano, o objetivo realiza-se com o tempo a que foi estimado para acontecer. Claro que existem sempre imprevistos, estes devem ser contemplados e respeitados.
A falta de concentração perturba o foco no objetivo e por vezes os planos falham, não por não estarem mal elaborados, mas simplesmente porque nós como seres emocionais, desviamos a nossa atenção para outro lado. A boa execução de um plano depende de muitos fatores, nomeadamente a nossa emoção e motivação para o fazer.
Respeitem isso também. Um plano serve para auxiliar na estratégia de uma ação e não para nos massacrar por não estarmos empenhados. Alguma coisa terá de mudar, nesse caso.