O regresso às aulas pode significar uma mudança de rotinas. Por vezes pode ser um motivo que desperte algumas birras ou mesmo crises. É muito importante que se explique este regresso (com antecedência e várias vezes se for necessário) às crianças ou jovens com autismo.
Aqui ficam 4 dicas para ajudar neste regresso:
- Usar materiais apelativos
Ter materiais apelativos, mas que não se desviem do interesse e foco, que não permita ficar muito distraído, mas que mesmo assim sejam do interesse da criança. Por exemplo: cadernos das cores que mais gosta, borrachas com formas – forma de dinossauro, carrinho, entre outros. Sempre apelando ao interesse individual de cada um.
Uma ajuda interessante são também os calendários visuais que dão à criança uma ideia e uma previsão do “que vai acontecer a seguir”, seguindo uma ordem. Podem ajudar a diminuir significativamente a frustração, ansiedade, birras e mesmo algumas crises que possam surgir.
- Identificar necessidades e interesses
Há crianças que têm mais dificuldades numa área ou noutra. É importante que se identifiquem as principais dificuldades, e que se se faça um bom acompanhamento das mesmas.
É importante que se faça o registo das áreas de maior interesse e foco, para que se possam desenvolver os interesses através delas.
- Dar ordens concretas e diretas
As crianças e/ou jovens com autismo podem ter dificuldade em perceber eufemismos ou frases muito complexas. Por isso, as ordens têm de ser concretas, diretas e curtas.
Ou seja: deverão ser privilegiadas as frases simples, e não se devem dar muitas ordens ou exercícios ao mesmo tempo, em simultâneo. É importante explicar concretamente o que se pretende de forma clara, e várias vezes, se for necessário.
- 4 – Desenvolver a confiança
É importante que a criança ou jovem sinta confiança na pessoa que a está a acompanhar/ensinar – de forma a ser mais fácil manter o interesse e o foco naquilo que lhe é pedido. Assim também cresce a motivação para fazer o proposto, e poder pedir ajuda, caso a mesma seja necessária.
É essencial lembrar que cada criança é uma criança, e que cada jovem é um jovem. Como tal terão sempre características, gostos, focos, interesses e especificidades diferenciadas.