Por António Costa
Então, quando ouvimos falar de meditação é quase inevitável não nos chegarem ao pensamento imagens de monges com um ar tranquilo, demonstrativo de grande sabedoria. Assim, a nossa mente pode ligar a uma ou outra religião. Mas, mesmo assim a perceção de tranquilidade e sabedoria fica presente.
Assim, de seguida a nossa mente, julgadora ou invejosa, lança uma série de razões por não termos a tal serenidade ou sabedoria. E rapidamente voltamos a ligar o nosso piloto automático, e a alimentar o nosso pensamento com uma qualquer distração.
Então, a meditação moderna, que se dá pelo nome de Mindfulness, traz recursos aplicáveis ao mais comum dos seres humanos. Para permitir que o “Piloto Automático” seja desligado por alguns momentos do dia, permitindo assim sentir e sair do ciclo vicioso da mente.
Aliás, este ciclo vicioso é provocado pela velocidade e exigência que a sociedade moderna coloca no ser humano. Uma pressão que leva a uma preocupação constante, uma ansiedade crescente, uma necessidade de distração constante. Enfim, a uma mente saltitante que não consegue parar.
Parar.
Mas, parar, parece simples, no entanto não é. Então, ao contrário dos monges, a maior parte de nós não vive em ambientes de serenidade completa, ou rodeados de natureza.
Assim, ao invés desse ambiente temos barulho de vizinhos, tarefas infindáveis, sejam profissionais ou familiares, trânsito, contas para pagar, etc…
Sem dúvida de que a meditação moderna ou Mindfulness não é nenhuma receita milagrosa para deixar de sentir preocupação, stress ou sofrimento. No entanto é aquilo que temos de mais próximo para treinarmos a nossa mente, por forma a ganharmos mais espaço para entrarem outras opções de escolha na nossa vida.