Por Ana Rita Moreira – Coach Parental
Educar é uma tarefa exigente e extraordinária, mas uma grande responsabilidade, que requer (re)ajustes permanentes e tomadas de decisões muitas vezes no momento. Por isso, se encararmos a família enquanto uma equipa tudo se torna mais fácil, na medida em que cada um conhece as suas funções e a importância das mesmas para existir uma boa dinâmica.
Neste âmbito surgem as rotinas para as crianças, as quais são poderosas e maravilhosas, pois permitem à criança saber o que vai acontecer, diminuindo a ansiedade e incerteza, promover a autonomia, independência, responsabilidade, organização, coesão familiar e tantas outras competências fundamentais para um desenvolvimento integral.
Este é todo um processo que se vai construindo, sem certos nem errados, sem julgamentos e com respeito pelo ritmo de cada um. Definir as rotinas permite passar tempo em família e, simultaneamente, as crianças sentem-se úteis e envolvidas na dinâmica familiar.
Sugestões…
– Podem começar por realizar uma Reunião de Família e durante a reunião fazem uma lista de todas as tarefas que realizam ao longo do dia e em que horário.
– Depois da lista elaborada definem se querem implementar um quadro diário, vários quadros para momentos diferentes do dia (e.g. rotina da manhã, do almoço, do deitar…) ou apenas para um momento específico do dia. Não há um quadro “ideal”, o objetivo é que corresponda às vossas necessidades enquanto família.
– Agora chega a parte mais divertida! Como vão fazer? Dar asas à imaginação e construírem o vosso próprio quadro? Comprar um já disponível e implementar apenas?
Independentemente da vossa opção, o quadro de rotinas deve ser simples e claro, de forma a que a criança consiga de forma autónoma perceber as atividades que vai realizar. Devem incentivar a criança, supervisionar se necessário, mas não fazer por ela.
Algumas considerações a ter…
– Estabelecer as rotinas de acordo com a idade, maturidade, necessidade e
expetativas.
– Começar de forma simples, respeitando o desenvolvimento, ritmo, necessidades físicas e emocionais.
– Criar espaços para momentos descontraídos: “a exceção à regra”.
– Aceitar as limitações do momento: o que resulta numa fase pode não resultar noutra… é preciso ser flexível para (re)ajustar quando necessário.
– O que funciona para uma família pode não resultar para outra. Torna-se
fundamental descobrir o que resulta para a tua família… sem comparações ou julgamentos.
Pais e filhos crescem juntos!
Ana Rita Moreira
Relações em Família