Por Cristele Matias
O amoro não mora na infância
#namoro #infancia #amizade
Então, no mês do amor paro para refletir sobre o que é afinal de contas o namoro na infância.
Aliás, ainda antes de largarem as fraldas são comuns as perguntas sobre namorados e namoradas.
Porquê? Então, qual a real necessidade – quer a das crianças quer a nossa- em ter um namorado?
Mas, qual a necessidade de “adultizar” uma criança que ainda recentemente aprendeu a andar, que pode ou não saber ler?
Então, será que temos assim tanta necessidade que os nossos filhos sejam aceites? Queridos? Gostados?
Assim, se pensarmos no namoro em si o que é? Sem dúvida de que namorar é conhecer alguém com vista a estabelecer uma relação estável e duradoura que culminará no casamento. Mas, tem a criança capacidade e necessidade disso?
De dar beijinhos na boca, passeios à beira mar, jantares à luz das velas…?
“Mas o namorado é acima de tudo um amigo especial” dizem muitos. Ótimo!
Então vamos dar aos amigos o valor que eles merecem. Vamos permitir á criança relacionar-se com rapazes e raparigas de modo a conhecê-los, conhecer-se e conhecer o Mundo. É nessa relação que encontrará semelhanças e diferenças, gostos e preferências, conflitos e partilhas. É na relação com os amigos que a criança cresce e se desenvolve. E é essa a relação que devemos estimular.
Assim, cá em casa, o dia dos namorados para ela é e será um dia para celebrar o amor. Dizer aos amigos o quão gosta deles. Manifestar carinho pelas pessoas que lhe são especiais. Neste dia e em todos os outros. É imperativo educarmos os nossos filhos para os afetos, para o reconhecimento e para a gratidão.
Por isso de todas as vezes que ela chegar da escola perguntar-lhe-emos que amigos novos fez ou que brincadeira partilhou.
Porque a amizade é das formas mais valiosas de amor!