Por Cristele Matias
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Devemos ou não deixá-los chorar?
Sem dúvida de que acredito que existam muitas coisas capazes de partir um coração de mãe em mil pedaços.
(Até porque depois de sermos mães, a nossa capacidade para nos emocionarmos aumenta exponencialmente.)
Mas uma dessas coisas, que transforma o enorme coração de mãe em cacos é ouvir o nosso filho chorar. Principalmente no início, talvez nos primeiros tempos, ou pela vida inteira.
No entanto, existem imensas teorias. Aliás, muitas delas defendem que o bebé deve aprender a acalmar-se sozinho, que chora por manha, que chorar faz parte. Sem dúvida! Mas será que nós adultos também choramos, ou passamos a vida a engolir o choro?
Afinal de contas, faz parte!
Assim, trabalho com crianças e com emoções. “Trabalho” diariamente com as minhas próprias emoções. E não acredito que um bebé recém-nascido ou com meia dúzia de meses consiga fazer a sua própria regulação emocional.
Mas, não sou eu que digo, é a ciência.
Aliás, o cérebro da criança não está ainda preparado para gerir e regular as suas emoções. E é por isso que tantas vezes nos mandam ignorar algumas birras. Porque elas – bem como o choro – são formas da criança se exprimir e comunicar. E nesse momento específico da sua vida não consegue fazê-lo de outra forma.
Mas, deixar uma criança chorar horas a fio no berço, não irá fazer com que se acalme. Irá quanto muito ajudar a criar uma criança insegura. Porque um bebé quando nasce precisa acima de tudo de se sentir amado e seguro. Isso não significa que não chore, mas que “sente” que o seu choro é ouvido.
Então, à medida que vão crescendo existem tantas outras coisas que os podem – e vão – fazer chorar. Continuará a ser importante que chorem, mas será mil vezes mais importante terem a certeza de que o seu choro continua a ser ouvido.
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