Por António Costa
Olá a todos,
O meu nome é Joaninha, e vou contar a história em como cheguei à
liberdade após uma vida aprisionada.
Antes de iníciar a história propriamente dita, e para que conheçam melhor
como sou e como vivo, vou utilizar um rio como analogia.
Ora bem, imaginem um rio muito calmo a fluir no seu curso com naturalidade e serenidade, e subitamente a velocidade aumenta de tal forma que nem consigo ver para onde vou, nem sentir a vida que tenho dentro de mim, até que começo a abrandar, abrandar, ficando parado, inerte, turvo sem que seja possível ver com clareza ou discernimento, e deste estado de inércia, passo para uma turbulência incrível, uma fervura que me volta a tirar a clareza e
discernimento.
Cansa….
Bem, agora que já me entendem um pouco, peço que não me julguem pela
volatilidade com que mudo de estado, pois a forma que eu encontrei para sair deste estado instável que me aprisionava todos os dias, foi olhando para mim com muita compaixão e amor.
A prisão era o controle em que eu me colocava, sempre a resistir ao fluir, ora não me podia zangar, ora não podia estar triste, e quanto mais eu bloqueava, mais força o bloqueio ou a insatisfação ganhava força. À cerca de três anos
atrás conheci a minha amiga Mindfulness, e a minha vida começou a mudar devagarinho, quando dava por mim, naqueles eventos em que estava a uma velocidade incrível, sentia o meu corpo com respeito, com compaixão, a notar
que eu existia, a aceitar-me, e eu abrandava, nem que fosse por um segundo, pois era suficiente para ver melhor.
Hoje, sinto-me feliz, pois estou livre, apesar de continuar a entrar em diversos estados, aprendi que não posso alterar o curso da àgua, apenas navegar nela e nessa navegação, com aceitação, ir mudando o fluxo para chegar aquele oceano fantástico onde os sorrisos e a alegria tomarão conta de mim.
Estou grata à minha grande amiga Mindfulness por ter aparecido na minha
vida e me ter mostrado que podemos viver melhor com todos estes estados.
Assinado: Joaninha a emoção 🙂