Alexandra Frazão

Chamo-me Alexandra, nasci em Santarém, há 20 anos, no mês de Fevereiro.
A nova tecnologia não fez parte da minha infância, por isso posso dizer que tive uma infância fantástica, com muitas brincadeiras e sempre nas ruas da aldeia 🙂
A crise chegou a Portugal, e o meu pai viu-se obrigado a ir trabalhar para Espanha, ficando eu e a minha mãe cá em Portugal…
Durante os estudos e sempre fui uma aluna razoável, acabando por concluir o 12º Ano de Ciências. Concluído o secundário e já com a carta de condução nas mãos, estava tudo a postos para irmos viver definitivamente para Espanha, mas nesse preciso ano o meu pai decide que quer separar-se da minha mãe, estragando completamente todo o meu futuro e tudo o que estava planeado depois de tantos anos. Eu e a minha mãe vimo-nos obrigadas a começar de imediato a trabalhar e um lar de idosos foi a opção que apareceu primeiro. Aguentamo-nos 1 mês e meio, pois trabalhávamos 12h sem folgas e eu disse CHEGA!! Entretanto a minha mãe conseguiu trabalho na lavandaria de um Centro de dia e eu numa pastelaria! É nessa pastelaria que conheço o amor da minha vida e, é esse ser maravilhoso que me salva do poço que estou prestes a cair…
Para além do meu pai se ter separado da minha mãe, descubro que o meu namorado tem um cavernoma na cabeça (parecido com o aneurisma) acabando por estar internado 1 semana. Meses depois detetam na minha mãe, um tumor benigno na cabeça, entrando de baixa…
Mas não fica por aqui!
A cereja no topo do bolo, eu começo a sentir dormência, fraqueza muscular, começando a engasgar-me com a comida, a não ter posição nem força para estar e é-me diagnosticado uma doença rara autoimune chamada Guillian-Barré que me fez estar sem comer, sem andar e sem falar. Esta doença foi-me diagnosticada a 3 de Fevereiro de 2019. Foram 3 meses em internamento, em Santa Maria e 1 mês no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.
Graças a Deus, tive uma recuperação muito boa e estou quase a 100%.
Ainda de baixa tanto eu como a minha mãe, andamos com consultas de um lado para o outro. Para piorar ainda mais a situação as ajudas por parte do meu pai são poucas ou nenhumas…
No fim de todos estes acontecimentos, considero-me uma pessoa simpática, lutadora, apaixonada pelo mundo, pelas boas vibrações, pelas cores, pelas pessoas… Uma pessoa cheia de vida com um futuro pela frente.  Acredito que tudo tem uma razão e se tudo isto aconteceu por alguma coisa foi!
Esta é a minha história que foi piorando ao longo dos anos,
Agora tenho a certeza que percebem melhor o porquê de querer ajudar as Cutxi’s trabalhando online e a minha vontade de querer fazer mais e mais.
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