Ao virar da página – Outubro – Sugestão de Leitura

Escrito por: Andreia Dias

Ao virar da página – Outubro

Este mês de outubro é mês de regresso do Outono. Aliás, começam a apetecer fins de semana mais caseiros, uma tarde de sofá, uma manta. Certamente que é uma boa altura para voltarmos a partilhar sugestões de livros com os quais já fomos muito felizes cá em casa.

Então, para os adultos relembro um livro que muitas vezes excluímos por o considerarmos juvenil. Cresci a adorar o filme Mary Poppins (sim, pertenço àquela minoria que adora musicais). Mas tinha muita pena de não ter passado pelo livro na infância. Assim, um dia resolvi oferecê-lo a mim própria e lê-lo já depois de ser mãe. 

Sem dúvida de que foi esta maturidade que me fez perceber que a Mary Poppins é uma ama que não toma conta de crianças mas sim de pais em apuros. Daqueles apuros em que qualquer pai se pode meter ao ter filhos e tentar diariamente tomar as melhores decisões. Aliás, não há nada mais difícil.

Então, nestas últimas semanas tivemos o regresso às rotinas escolares, novos horários para decorar. E lancheiras para preparar, novas roupas para comprar depois de o Verão adubar as crianças, o regresso ao malabarismo entre trabalho, casa, escola e atividades. Por isso lembrei-me do quanto uma Mary Poppins fazia falta em todas as casas para nos relembrar do que realmente importa.

Aliás, o imaginário mágico, as descrições da rua das cerejeiras, a sua influência no sério e ausente banqueiro Sr. Banks, deixa-me de sorriso nos lábios. Mesmo que já saiba que a ama perfeita só fica “até que os ventos mudem de direção”.

Título:Mary Poppins
Autores:P. L. Travers
Editora:Relógio d’água

Mas, para os mais novos sugiro um livro que conheci pela sua adaptação televisiva. Uns amorosos desenhos animados com que me cruzei depois de ter filhos. Aliás, os meus rapazes adoravam vê-los quando eram mais pequeninos. Então, um dia, numa loja, cruzámo-nos com o livro, numa edição especial de comemoração dos seus 20 anos, e lá o trouxemos connosco para casa.

Adivinha quanto eu gosto de tifoi escrito em 1994 pelo professor primário irlandês Sam McBratney e ilustrado pelas bonitas aguarelas de Anita Jeram. A história é simples sobre uma Pequena Lebre Castanha. Que, ao adormecer, tenta colocar em palavras o quanto gosta da Grande Lebre Castanha que a trouxe ao mundo. E, alegremente, as duas personagens competem para descobrir quem gosta mais de quem.

Com 25 anos de edição, é provável que muitos já se tenham cruzado com o livro, os desenhos animados ou os peluches das duas lebres. Não sei é se todos já terão dado a atenção às frases simples das suas lebres. É que com tradução em mais de 53 línguas, as frases já conseguiram saltar das páginas e entrar no imaginário infantil de vários cantos do mundo. “Gosto de ti até à Lua” e “Gosto de ti até à Lua e de volta até cá abaixo” foram expressões que ganharam popularidade com estas simpáticas lebrinhas.

A mensagem que deixa a crianças e a adultos, pais e filhos, casais, avós e netos, ou quem quer que o leia é a de que esta competição do amor é a mais saudável de todas. Quanto mais amor tivermos capacidade de sentir e dar aos outros, mais amor iremos receber também.

Título: Adivinha o quanto eu gosto de ti
Autores: Sam McBratney e Anita Jeram
Editora: Caminho
Recomendação do Plano Nacional de Leitura: Literatura dos 3-5 anos – Pré-leitura

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